segunda-feira, 23 de março de 2015

A natureza é bonita. Às vezes. #2 de 2



Acabou-se. Depois deste episódio não há mais vida selvagem para ninguém. 

Como é que é possível que as tartarugas andem tanto para conseguir pôr os ovos em terra (literalmente a arrastar o seu peso praia-acima) e depois decidam que fixe-fixe é fazerem o caminho inverso pelas rochas, em vez de usarem o mesmo areal que usaram para subir? 

Obviamente que, não sendo os animais mais flexíveis da fauna, escorregam e ficam para ali entalados entre duas rochas, a morrer ao sol, a meia dúzia de metros da água (às vezes menos). Desta vez vou poupar-vos a imagens, que são demasiado agonizantes.

E aqueles sujeitos que filmam estas coisas e não fazem nada? Não era preciso dedicar as suas vidas a salvar tartarugas daí em diante, mas já que estavam ali... não davam um jeitinho àquelas pernas-para-o-ar? Sinceramente... que sangue frio.

Em contagem decrescente


domingo, 22 de março de 2015

Coisas que o meu Pai diz (e eu não posso esquecer)


Cá em casa ninguém, para além da minha Mãe, ninguém gosta verdadeiramente de vegetais/legumes. Algumas excepções confirmam a regra, mas fazer-nos comer coisas verdes fora da sopa é geralmente caso difícil. A última vez que a nossa mesa contemplou feijão verde cozido com alho e azeite, eu e o meu pai ignoramo-lo solenemente, até a minha mãe começar a distribuir os mal-fadados pelos pratos, como quem serve crianças.

- Ui, chega de bananas! - disse o meu Pai, enquanto os via cair no prato.

E eu segurei dentro da boca o que estava a mastigar. E a minha Mãe olhou para o meu Pai com aquele ar que se assemelha a um ponto de interrogação humano, e ele encolheu os ombros em jeito de "Não faço ideia porque lhes chamei bananas, só não quero disso", que me fez rir ainda mais.

Tenho certeza que até o Zico se riu, do seu jeitinho canídeo.