Sim, já li as notícias que anunciam que o Lance confessa agora ter-se dopado. Por mais estranho que pareça, continuo a acreditar na inocência dele.
Todas as pessoas têm motivações fortes para as atitudes que tomam. Por anos e anos defendeu-se das acusações que lhe fizeram, voltou à ribalta depois de um cancro, e abdicou de aturar mais acusações quando deixou de competir -- sabendo que perderia os títulos com essa atitude. Na minha perspectiva, esta é uma pessoa a quem não importam os títulos téoricos: ele participou e ganhou na prática. Voltou atrás na sua palavra (admitindo, portanto, que se dopava) coincidência das coincidências: apenas para voltar a ter acesso à competição (de triatlo e corrida), cujo acesso não sabia que lhe seria vetado com a retirada dos títulos.
Se a (boa) fama lhe importasse, quereria neste momento voltar a participar em provas oficiais correndo o risco de... ganhar, e ser mais uma vez acusado do mesmo? Parece-me mais lógico que se o reconhecimento lhe importasse: ele defendesse os títulos ganhos continuando a negar que alguma vez se dopou e, do alto dos seus 41 anos, se mantivesse afastado da competição.
O que o move não é o que pensam dele: é competir. E para isso acontecer, neste momento, é preciso dizer que se dopou de forma a reverter a sentença anterior.
Quando tomei conhecimento da noticia lembrei-me de ti, e do post "parte 1" que fizeste há uns tempos, e que cheguei inclusivé a comentar.
ResponderEliminarE como é óbvio, concordei contigo na altura, e continuo a concordar agora. Eu acredito na inocência dele. Acredito que sim, senhor, admitiu que se dopava mas apenas e só para deixar de aturar quem quer (e não desiste) mandá-lo para a fossa.
Acho que vai ser difícil sabermos a verdade de forma incontestável. Daqui a uns tempos, ele vem dizer que teve de fazer isto e vai ficar o dito pelo não dito. Uns vão acreditar, outros não.
EliminarNós as duas estamos sempre na mesma página :)Beijinho, Lia*