quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Vamos jantar?



Se pudesse escolher qualquer pessoa da actualidade para partilhar um jantar comigo, teria alguma dificuldade em escolher alguém. Tenho curiosidade relativamente a tantos assuntos, que pensar em apenas uma opção seria quase doloroso: sofreria mais por aqueles que não escolhi, do que aproveitaria a alegria oferecida pela presença do escolhido. Tolo, eu sei. Tenho de trabalhar esse aspecto de personalidade.

Gostava de ter oportunidade de conversar com o Papa sobre religião. Nunca fui religiosa, apesar de ter sido baptizada e ter feito a primeira comunhão. Precisamente pelo que me foi ensinado nas aulas de catequese, sempre tive uma curiosidade enorme em entender o porquê de alguém acreditar em Deus. Apesar de várias tentativas, nunca ninguém parecia interessado em responder-me verdadeiramente. "Porque sim" e variantes desta resposta levaram-me a compreender que muitas pessoas sentem-se ofendidas quando se questiona a sua fé. Nunca conheci ninguém que conseguisse falar sobre isto sem se sentir atacado pelas minhas perguntas (simplesmente curiosas, sem julgamento), o que sempre interpretei como uma coisa absolutamente estranha. Eu adoro falar daquilo que me apaixona. 

Acredito que o Papa Jorge Bergoglio (mais conhecido por Papa Francisco) é o tipo de pessoa que adora este tipo de conversa. A potencialidade de compreender a convicção de um religoso sem medo de perguntas, fascina-me.

Mas também gostava muito de conhecer o escritor e palestrante Anthony Robbins, que sem curso superior algum, demonstrou que somos tão fortes em determinado tópico quanto nos interessarmos por estudá-lo sem pré-concepções, de mente aberta. Especialista em evocar superação de fobias em minutos e em modelar comportamentos de sucesso conquistou reputação e respeito, até de entidades médicas que inicialmente o atacavam sem dó nem piedade. Por este trabalho de sucesso, nas últimas décadas trabalhou com inúmeras personalidades do mundo político, militar e desportivo, pelo que seria uma fonte inesgotável de conhecimento e entretenimento ao jantar. 

Claro que haveria sempre a possibilidade de me desiludir enormemente com alguém, apesar da admiração que agora lhes guardo. Que o diga Deepak Chopra, médico endocrinologista, cuja personalidade espiritual e livros de não-ficção sempre me cativaram, até ao momento em que lhe descobri o canal youtube. A forma como interrompe convidados que educadamente discordam da sua perspectiva, e a convicção com se pronuncia em jeito de iluminado espiritual acima de contestação, quebraram completamente a admiração que lhe tinha. Hoje, os seus livros estão encostados numa prateleira, porque o meu interesse e vontade de os estudar morreu.

Pensando melhor, convidar o Jamie Oliver também seria uma boa ideia. Descontraído, divertido. Chef. Com um bocadinho de jeito, enfiava-o na cozinha e preparava-nos o jantar.






7 comentários:

  1. Olá querida ABT, :)

    A religião não devia ser tema tabu assim como algumas coisas deviam ser mudadas. Uma coisa que devia estar sempre presente é o respeito pela religião das outras pessoas.

    Em relação a jantar com algumas personagens partilho o gosto de pelo menos duas mas acho que trocaria o jantar por um longo passeio pela natureza. Nada melhor que um passeio num dia de sol para a natureza também falar da sua justiça.

    beijinhos e um dia mágico.*

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    1. Olá Serginho,

      Mas que bela sugestão. Ora eu desafio-te então a escolheres duas outras pessoas a quem convidarias para um passei pela natureza, e a partilhares no teu blogue com os respectivos porquês.

      Beijinhos e um excelente fim-de-semana :)

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    2. Olá querida ABT,

      O desafio é aceite com muito gosto.*
      Do teu post e como falei em cima escolhia Papa Jorge Bergoglio e Anthony Robbins pelas razões óbvias e porque admiro a capacidade delas em falar, escrever e compreensão pelos diversos assuntos.

      beijinhos e um excelente fim-de-semana.*

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  2. Com o bonus de que é bonitinho.... tudo em 1 ;)

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    1. Bem, isso é não posso subscrever, Lia :P Mas, conta-me lá, quem convidarias tu para jantar? *

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    2. Neste momento, acho que convidaria o Marco Silva.

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