quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Surpresa!



Não gosto de surpresas. Nunca gostei de estar completamente desprevenida em relação a alguma coisa que me vai acontecer e é do conhecimento de alguém. Se fazem mesmo questão de fazer-me uma surpresa, adiantar-me que vai acontecer alguma coisa no dia exacto ajuda a que não fique de (inconsciente) mau-humor no momento da coisa gira.

Um dia, uma pessoa especial ligou-me e perguntou se eu estava em casa, sabendo perfeitamente que sim. Pediu-me que fosse à rua recolher um presente que deixou para mim em frente ao meu portão. Relutante, saí de casa e vi ao longe uma caixa impossível de passar despercebida: com dois metros de altura.

Ainda não lhe tinha tocado e já tinha desistido da ideia de a levar a peso para casa. Decidi desembrulhar o que quer que fosse ali mesmo. Li a inscrição "não se aceitam devoluções" em letras garrafais, e imediatamente antes de conseguir espreitar para o seu interior a caixa mexeu-se. Eu gritei. Ao fundo da rua um grupo de amigos (que me observava de forma suspeita) riu-se à gargalhada. O interior da caixa também se riu à gargalhada. O grupo era cúmplice da prenda que se ria: um homem de 1.83m -- a pessoa que me ligou.

Se não me tem feito uma surpresa podia ter poupado o grito histérico que arruinou qualquer esperança de fazer daquele um momento romântico. Mas verdade seja dita: continuou a ser um momento muito engraçado.


2 comentários:

  1. Eu gosto de surpresas... Mas surpresas que o são até ao momento exacto em que o são.

    E essa até que foi bem fofinha :) não se tivesse a caixa mexido e podia ter corrido muito bem!

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    1. Tens de me ensinar a apreciar esses momentos. Talvez por não gostar de ser surpreendida, parece-me que me acontece vezes demais, Start*

      Tens de fazer um post com as melhores surpresas da tua vida ;) *
      Eu também vou contando mais algumas, à medida que me for lembrando :P

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