sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Do casamento



A minha família quer ver-me casada. É um facto. É para eles importante perceber o fenómeno que passa pela minha vida de que ninguém me interessa (para usar as suas palavras). Em geral desfiam o rol de profissões interessantes dos candidatos em vez dos seus nomes. Acredito que não o fazem por mal.

Todos os Natais os meus melhores amigos me visitam para me dar um abraço na véspera de Natal e me entregar um presentinho. E todos os Natais ouço parte de uma conversa entre tias, que não era suposto ouvir, enquanto se prepara o jantar de Natal. A minha tia N guarda a esperança de que alguém me encante. Chama-lhe a pessoa certa e eu gosto. A tia R discorda e, no último Natal, sentenciou tristemente:

-- O problema não são eles: é ela. Esquece, a ABT não se vai casar.

Eu acho que a tia R tem razão. 

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