quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Culturas diferentes... café divergente


Adoro café. Na Suíça conheci a Nespresso depois de vários meses de desgosto a cada tentativa de me deliciar com um expresso, e voltei a ser feliz. Como na geralidade dos países não-latinos, por terras helvéticas a intensidade de um café é a mesma dos nossos... hum... carioca extra suave. E chamam expresso ao que nós chamamos de balde de carioca extra suave.

O meu melhor amigo naquele país é Americano. Um sobredotado de 25 anos com dois cursos tirados em concomitância, um mestrado e um doutoramento prestes a ser concluído. Esta alma adorável, genial e de natureza super-divertida, que chegou à Suíça com o seu alargado conhecimento em café americano, resolveu um dia parar numa máquina self-service da universidade. Pressionou o botão uma vez, e outra e mais uma e mais outra, achando que havia um problema com o equipamento, dado o reduzido volume de café servido no copo. Desistiu da tarefa e dirigiu-se à menina da caixa registadora, que lhe perguntou o que pagava. E ele respondeu um expresso. Ela pegou no copo e, olhando para o seu interior, respondeu que seriam provavelmente 4 ou 5. Ele pagou 8CHF (cerca de 6.5€) pelo "expresso".

Eu não conseguia parar de rir quanto ele me contou, indignado, que em meia dúzia de goles bebeu o curto café. E ele não conseguiu parar de rir quando lhe contei que o conceito de um expresso Suíço era já, para um Português, um desperdício de água.


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