quinta-feira, 23 de maio de 2013

O conforto do desconforto


Atentem no filhote de elefante que segue a progenitora, à esquerda :)

Evitar o desconforto parece uma atitude razoável. 
Na realidade, no entanto, o conforto é um inimigo camuflado. Aceitar que há mais cor para lá do círculo que definimos como confortável, dá-nos acesso a um mundo de novas experiências. E experiências diversas sempre nos enriquecem.

Um bocadinho de desconforto fez-me aceitar participar de uma aula de step fortemente ligada à dança. Não só não primo por uma boa memória coreográfica, como não tenho a fluídez inata aos dançarinos -- a aula seria uma perda de tempo e uma exposição dos meus pontos fracos em público. Mas aceitei o meu desconforto e, por associação, o convite. Falhei 90% dos passos, mas diverti-me imensamente. Ri de mim mesma e da minha falta de jeito. Recebi em troca incentivo, truques, dicas e entusiasmo. Esta experiência permitiu-me empurrar os meus limites, alargar o meu círculo de conforto e encontrar aquela que é hoje em dia a minha aula de ginásio preferida.

Não é necessário enfrentar todos os desafios de uma só vez, mas abram a porta à sensação de desconforto. Abracem-na como a um velho amigo. Comecem por uma coisa pequenina. Experimentem introduzir na vossa alimentação um vegetal que não apreciem, uma vez por semana. Não precisa ser muito: apenas uma pequena amostra. Habituem-se à presença do alimento, misturem-no com vários outros. Perceberão que em pouco tempo o sabor não é mais desagradável, é apenas familiar.

Dominar a habilidade de nos sentirmos confortáveis no desconforto dá-nos o passaporte para modificar a nossa vida em todos os aspectos. Podemos vencer a barreira que nos impede de falar em público, de iniciar uma actividade física, de aprender uma nova língua ou a timidez social.  

Vitória após vitória, a coragem de empurrar os próprios limites instala-se alegremente.
Take a leap of faith 


4 comentários:

  1. Neste momento, lovely a imagem e o texto, ♥.

    beijinhos.

    PS: Opino melhor depois mas pouco há acrescentar à beleza e à lição de vida do texto.

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    1. Obrigada pela simpatia, Sérginho. Mas há sempre mais a acrescentar ;) Fico à espera :)
      Beijinhos

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  2. É importante sair da nossa zona de conforto de vez em quando.
    Pessoalmente, é algo que gosto de fazer, gosto de testar os meus limites :)

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    1. Aí está uma característica essencial para se ser (mais) feliz. Parabéns, Roger!

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