quinta-feira, 14 de março de 2013

Da vida





Há dias em que nos sentímos cheios de vida e de planos e de sonhos. Rodeados de mil cores e sons e texturas. E há outros em que afundámos numa espécie de planeta maquiavélico de dúvidas e medos.

E como eu desgosto das viagens àquele planeta. E como é difícil sair de lá, a menos que me disponha a  deixar a inércia que toma conta do meu corpo e me obrigue a sair. A estar entre a natureza, com amigos de verdade, dentro de água, a percorrer um trilho que nunca antes percorri, a ver uma comédia, a rir de mim mesma. A agir.

 Parar, quando a mente é ocupada por pensamentos sinistros, é deixar-se abraçar pela tristeza. 


12 comentários:

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    1. Esse planeta adora receber visitas... Mas nós comprámos bilhete para outro lugar :')
      Beijinhos, Lia*

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  2. Neste momento: * - ♥.
    Deve ser código, :)

    beijinhos e continuação de uma excelente semana.

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    1. Tens toda a razão, Sérginho. Podia ser código para ♥ :'P
      Beijinhos e uma semana ainda mais bonita para ti!

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    2. Não é código mas eu descodifico, o símbolo ♥ demonstra só a estima, a amizade que eu tenho por pessoas especiais, não cito nomes mas as pessoas sabem quem são, por aquilo que são e mais importante pelos seus gestos no dia a dia, devemos sempre, na base do respeito e da educação, ter um gesto e saber a diferença por aquelas pessoas que nos tocam de um modo especial e pelas outras que apenas existem no mundo.

      Está descodificado, :)

      beijinhos e um final de semana ainda mais brilhante para ti.*

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    3. Gostei muito da descodificação. Até porque tenho a sorte de ter meia dúzia dessas pessoas especiais na minha vida. A começar pelos dois comentadores deste post.

      Beijinhos* :)

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  3. Às vezes o abraço da tristeza é tão forte que só queremos ficar quietinhos no nosso cantinho, esquecemos que assim apenas estamos a reforçar as amarras que nos prendem. Não somos donos das nossas emoções, ou somos? E não temos é forças para ser mais fortes que elas?

    Beijos

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    1. É isso mesmo, Partilhar. Apetece-nos apenas ficar quietinhos no nosso cantinho em momentos tristea. Mas sim, somos donos das nossas emoções. Temos forças não para ser mais fortes do que essas emoções, mas para as guiar a um porto mais bonito, menos turbulento.

      As emoções são nossas aliadas: se não estamos felizes, devemos ter noção do porquê, mas sem ficarmos presos à motivação da emoção negativa. Eu não gosto de ficar a pensar no que me deixou triste. Quero sempre avançar. Ficar numa apática desmotivação é tentador (toda a nossa neuroquímica participa nessa festa cujo principal convidado somos nós), mas sair dela é única opção para uma vida feliz. E, felizmente, a química cerebral segue as nossas expressões corporais, da mesma forma que a fisiologia segue a neuroquímica. Então, não podendo fechar as torneirinhas de neurotransmissores de stress directamente no cérebro, posso pelo menos mudar de fisiologia: levantar os ombros, olhar para a frente e para a cima, contemplar o que me faz bem (da natureza a um filme engraçado), correr (mexer, mexer, mexer).

      O cérebro não tem outra opção senão reagir aos estímulos que lhe dou, mudando a neuroquímica da tristeza para o bem-estar. E esta conversão dura tanto tempo quanto aquele que eu estiver disposta a agir, quando for assaltada por pensamentos negativos.

      Beijinhos*

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    2. Olá ABT e Partilhar é bom,

      Foi um prazer ler e reler o comentário deixado pela ABT, não foram só palavras assim deitadas ao vento é mesmo verdade o que se passa com cada um de nós e o que devemos fazer.
      Sou da opinião que ter medo não é o problema, o problema está em deixarmos esse medo falar mais alto e sermos refém desse medo, tempo suficiente para não viver.

      É claro que na vida não temos momentos só bons, também temos momentos muito difíceis, com obstáculos que pensamos impossíveis de ultrapassar mas eles estão lá, só para nos demonstrarem que somos capazes de dar o salto e para demonstrar que a palavra "impossível" só existe no dicionário.

      Finalizo com a citação da ABT que me roubou alguns sorrisos: "... levantar os ombros, olhar para a frente e para a cima, contemplar o que me faz bem (da natureza a um filme engraçado), correr (mexer, mexer, mexer).

      O cérebro não tem outra opção senão reagir aos estímulos que lhe dou, mudando a neuroquímica da tristeza para o bem-estar. E esta conversão dura tanto tempo quanto aquele que eu estiver disposta a agir, quando for assaltada por pensamentos negativos."

      Obrigado pela explicação ABT e continuação de um bom fim-de-semana.

      beijinhos grandes para as duas*

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    3. Olá Sérginho,

      Que comentário delicioso o teu. Concordo plenamente "que ter medo não é o problema, o problema está em deixarmos esse medo falar mais alto e sermos refém desse medo, tempo suficiente para não viver. "

      Obrigada por nos deixares a tua perspectiva deste tópico.
      Beijinhos grandes e uma semana maravilhosa para ti*

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  4. Ao longo da minha vida tenho conhecido por diversas vezes a sensação de estar no fundo do poço... Nem sempre consigo erguer-me depressa... Mas sempre que caio, levanto-me. Demore mais ou menos tempo, mas levanto-me. Não gosto de me sentir abraçado pela tristeza (embora isso ocorra mais vezes do que seria desejável).

    Beijinho

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    1. Roger, a tua capacidade de te levantares sempre, de *quereres* levantar-te é por si só sinónimo de seres uma pessoa forte. E aqui fica a minha vénia por isso.

      Não adianta acharmos que vamos passar pela vida serenamente, sem episódios que nos abalem, que nos façam levar um joelho ao chão (às vezes os dois...). Às vezes a nova perspectiva traz coisas positivas: um diamante incrustado no chão que não teríamos visto de outra forma. Na pior das hipóteses, tudo o que causa é que façamos "lunges" [não sei o nome do exercício em português] e fortaleçamos ainda mais os músculos.

      Beijinho e obrigada por partilhares

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