quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Lance



O Lance Armstrong tem, desde 6 de Dezembro, 21 dias para apelar da decisão de anulação de todos os seus resultados desde 1988. Outra vez esta conversa. Provavalmente o atleta com mais controlos anti-dopping da história dos desporto está mais uma vez sob suspeita. Não desistem. 

Alguém com tantos títulos chama a atenção? É verdade. Mas ninguém se importou em questionar de onde surgiu a força, a motivação e a capacidade de superação que demonstrou para voltar a treinar e competir depois de recuperar de um cancro. É que, parecendo que não, deve ter vindo do mesmo sítio de onde tirava a força para vencer os opositores em bicicleta. Um atleta que toda a vida ganhou competições por estar dopado (como o acusam) era capaz de aproveitar a oportunidade concedida por uma doença, que quase lhe roubou a vida, para se retirar em grande e nunca mais voltar usando uma excelente desculpa. Digo eu.

Dizem os cépticos que não respondeu à acusação da Agência de Antidopagem dos Estados Unidos, e isso é que motivou a anulação dos seus resultados. Pois foi, mas depois de 374 999 tentativas de lhe tirarem os títulos, à 375 000ª e em período de reforma, já não há mais paciência. Provavelmente na situação dele faria o mesmo.

Não que a minha opinião lhe faça diferença, mas: Lance, eu acredito em ti!


4 comentários:

  1. E eu também acredito... E fui das que disse, aquando da recusa dele de "dar justifiações" que: POR FAVOR, deixem o homem... Já perdeu a paciência, e não está para se chatear!

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  2. Respostas

    1. Por mais estranho que te pareça, continuo a acreditar na inocência dele, Jota Lino.

      Todas as pessoas têm motivações fortes para as atitudes que tomam. Da mesma forma que por anos e anos se defendeu das acusações que lhe fizeram, e ainda voltou à ribalta mesmo depois de um cancro, também abdicou de aturar acusações quando deixou de competir. Não lhe importam os títulos téoricos: ele participou e ganhou na prática.

      Voltou atrás na sua palavra (admitindo, portanto, que se dopava) coincidência das coincidências: apenas para voltar a ter acesso à competição (de triatlo e corrida), cujo acesso não sabia que lhe seria vetado com a retirada dos títulos.

      Se a fama lhe importasse, quereria neste momento voltar a participar em provas oficiais correndo o risco de... ganhar, e ser mais uma vez acusado do mesmo? Parece-me mais lógico que se a fama lhe importasse: ele continuasse a negar que alguma vez se dopou e, do alto dos seus 41 anos, se mantivesse afastado da competição (depois de defender com unhas e dentes os títulos que retiraram apenas por ele não se dar mais ao trabalho de discutir o tema).

      O que o move não é o que pensam dele: é competir. E para isso, neste momento, era preciso dizer que se dopou de forma a reverter a sentença anterior.


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