quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cabeleireiros




Fui cortar o cabelo. Num lugar novo, porque eu nunca gosto da forma como cuidam do meu cabelo. E oh, delícia das delícias, encontrei alguém que toma conta não só dele mas de mim de uma forma que eu gostei. Gostei muito.

Primeiro requisito que quase ninguém consegue cumprir: falaram o mínimo possível. Se há coisa que me enerva logo é conversa de circunstância sobre a crise, a chuva, o vento, o sol, o frio ou o calor. Ou a minha vida. Também gostam de fazer perguntas da minha vida.

Depois sentaram-me numa poltrona que massaja o corpo, das pernas aos ombros, e complementaram o pequeno pedaço de paraíso com uma longa massagem na cabeça e pescoço enquanto lavavam o cabelo. Três vezes. O que em qualquer situação normal seria demais, ali soube a pouco.

De seguida, levaram a sério a história de que friccionar os fios com a toalha não lhes faz bem e usaram um papel super-suave e absorvente para retirar o excesso de água. 

Na cadeira de corte, a cabeleireira faz uma descrição completa do meu tipo de cabelo e do corte que seria mais apropriado em função dele e do meu rosto. Ao contrário das outras pequenas demónias que estão sempre dispostas a dar-me umas tesouradas valentes, esta senhora disse-me imediatamente que sugeria que mantivessemos o cabelo comprido, porque se encontra saudável, e trabalhassemos à volta desse comprimento.  Se dúvida havia de que tinha encontrado um espaço que não me faria sair de nervos em franja, dissipou-se naquele instante. 

Daqui a dois meses voltamos a ver-nos.

3 comentários:

  1. Preciso desesperadamente de saber onde é esse sítio... O meu cabelo (e eu) está a precisar!

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    1. Não encontrei o teu email, Lia.
      Envia-me um e eu dou-te as coordenadas para chegares aquele pedacinho de paraíso :) *

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    2. Podes mandar para esteblogesomeu@gmail.com :D

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